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Lívia Almeida
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Macapá, 13 de fevereiro de 2012.
Hoje senti de novo aquela dor no coração, de quando a impotência me torna ínfima. Esta dor sempre vem em situações como a de hoje, quando vi um senhor chorando na rua, roupa e pele envelhecidos pelo tempo e pela vida. São aqueles que sobem no ônibus para vender balas, aqueles que dormem nas ruas e praças, sem qualquer oportunidade ou perspectiva de vida que me fazem acreditar que a justiça por vezes padece e que a minha vida, que por vezes, taxo difícil é melhor, muito melhor que a daqueles que não tem ninguém por si, que não têm um teto sobre a cabeça e nem um chão de verdade sob os pés.
À medida que os encontro nas minhas andanças cotidianas me pego frente à tanta coisa errada e fora do lugar que ainda não consigo consertar. E então, me lembro: foi por isso, por isso escolhi pôr à prova minha habilidade em escrever e informar, por isso escolhi valorizar o que faço pelos outros e não o que tenho de bens. Por eles escolhi ter voz. Ser a voz destes que, ainda que falem são tidos como mudos para a sociedade porque não contribuem de maneira que gire o capital, aquele em que todos giram em torno.
O enfrentamento diário com estes homens e mulheres será a visceral provocação que plantarei em cada parágrafo meu de denúncia, de notícia, de matéria, de jornalismo.
Lívia Almeida
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5 comentários:
Que bom que você tem essa percepção do valor da vida humana, Lívia.
;)
Isso me faz pensar em como a vida é injusta para tantas pessoas.
Enquanto existirem pessoas com a sua mentalidade, ainda resta uma esperança.
A injustiça na vida das pessoas é algo que vemos tanto por aí, e causa no fundo de nós alguma revolta. Gostei do seu senso crítico usado no texto. Boa reflexão! ^^
Abraços!
Bom Dia!
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