Macapá, 16 de março


























Não sei ser aquela que lhe ignora
Mesmo depois de ter-me feito derramar lágrimas
Não sei ser aquela que lhe repreende por muito tempo
Mesmo após ter-me machucado o coração
Não sei ser aquela que lhe guarda mágoa
Mesmo após ter-me tirado o chão
Não sei ser aquela que lhe trata com indiferença
Mesmo depois de ter-me revelado que não sou mais quem inspira teus dias

Não sei, não sei, não sei
Ser diferente de quem sou
Ir contra meus sentimentos
Para satisfazer a razão de hipócritas
Que me avaliam como fraca quando ajo assim

Faço apenas o que quero
Pois, se ainda me acho em ti
Não quero me perder
Não agora
Não hoje
Não amanhã



Lianah Himura