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Lívia Almeida
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Aquelas lembranças que voltam
Aprendemos a aceitar e a conviver com a ausência daqueles que já se foram, mas esquecer completamente é inevitável. Ás vezes, me sinto assim. Uma grande perda é insuperável, transforma a nossa vida, revira o nosso mundo, aflora nossos sentimentos e deixa uma cicatriz considerável no nosso coração. O golpe momentâneo é forte, mas ameniza com o passar dos anos.
As lembranças vão se tornando imagens turvas na memória e se, no momento em que foram vividas tinham uma trilha musical alegre, agora as trilhas são compostas de um tom nostálgico. Em algumas horas o desejo de estar e viver o presente com aqueles do passado se torna tão forte que é impossível não pensar em como seria se assim fosse possível. Pensar no que aconteceria, se algo mudaria em sua vida, se algo você não faria ou, se faria mais e melhor.
O medo da reprovação das atitudes tomadas também vêm à tona como se, mesmo que aquela pessoa que não está mais ao seu lado tivesse o poder de influenciar em seus atos. Estas horas raras em que a saudade bate, sentir-se fraco é normal, sentir-se solitário também, pois, o laço de união terreno que foi cortado retorna como se estivera sempre ali.
Aqueles que já sentiram na alma a perda sabem de sua dimensão e também sabem o quanto nos exforçamos diariamente para não lembrar e continuar a viver nossa vida como se aquilo não tivesse acontecido. O fato é que ao tentar ignorar impulsionamos e avivamos as memórias que estavam em período de hibernação na nossa mente e no nosso coração.
"... Sonífera ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz..."
...Por vezes é inevitável pensar nisso e por vezes também é inevitável falar nisso.
Lianha Himura
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2 comentários:
como voce disse só quem sentiu isso sabe dizer o quanto doi. e fica dificil para alguem que nunca passou por isso, consolar alguem amado que está sofrendo por isso.
não sei como é perder um parente próximo, não sei como doi, mas descobrir como doi querer consolar alguem que voce ama e não saber por onde começar.
sei que pode parecer estranho, mas ontem 02/11 alguem(que eu não conseguia ver, só sentir) mandou dizer, que sempre está por perto e que ilumina o seu caminho a cada segundo, era uma presença calma e um pouco trite, mas que te ama muito.
É Li, não é fácil. A saudade dói, as lembranças nos enchem os olhos de lágrimas.
Mas imaginar que aproveitamos os melhores momentos, e que não perdemos oportunidade nenhuma ajuda.
O blog continua adorável.
Bjo
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